Domaine du Coulet

Domaine du Coulet Matthieu Barret Cotes du Rhone Cornas vinho tinto

As feições carismáticas deste tímido produtor podem esconder a força colossal de seu trabalho e fazem contraponto à sua fama como um dos nomes mais em voga para vinhos naturais do Rhône.


“A uva guarda uma magia dentro de si. Cabe a nós simplesmente não destruí-la. Mantenho-me flexível na minha abordagem à vinificação, para permitir que cada vinho se destaque à sua maneira e expresse o melhor de seu terroir e sua safra." Um relato que resume bem a filosofia comprometida e repleta de humildade de Matthieu Barret.

Nascido em Aix-en-Provence em 1975, estudou viticultura em Beaune. Lá, descobriu sua tendência à viticultura orgânica e a ecossistemas vivos. Representa a 7ª geração de produtores, juntando-se ao seu avô em Cornas em 1997. Em 2000, assinou sua primeira safra. O resultado, porém, não o satisfez e provocou questionamentos sobre certos hábitos tradicionais, como o uso da madeira para a maturação e fermentação dos vinhos. Em 2006, decidiu mudar radicalmente seu processo de vinificação, minimizando barricas e substituindo-as por tanques de concreto (ovos e em formato “diamante”) e terracota. Desde 2017, eliminou completamente o uso de barricas de sua produção, a fim de focar na pureza da fruta.

No vinhedo, a biodiversidade é lei. É o que traz a identidade distinta de suas uvas; quando o bioma da vinha é tratado com respeito, diz ele, esse equilíbrio é mais fácil de manter. O desejo de revelar vinhos com identidade é a espinha dorsal de tudo o que produz. Em 2012, cessou com as máquinas em Cornas e substituiu-as por mulas, cavalos e pelo trabalho manual Na região do Ardèche, à 15 km ao sul de Hermitage, Matthieu possui 11 ha de vinhedos em Cornas, incluindo o seu monopólio "Vallée du Coulet" na parte mais ao norte desta AOC. As encostas íngremes e a exposição aos avassaladores ventos do Mistral fazem a fama desta apelação. Suas vinhas têm exposição sul-sudeste e estão plantadas no solo tipicamente granítico de Cornas, o que força as raízes a penetrarem as duras rochas em busca de água e nutrientes, originando baixíssimos rendimentos e vinhos de alta concentração e poder. A idade das vinhas é de 40 a 55 anos e contam com certificação orgânica e biodinâmica.



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