Château du Champ des Treilles

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O Domaine do casal Corinne e Jean-Michel Comme conta uma longa história de tradição, inovação e coragem. Tudo começou na década de 1920, com os avós de Jean Michel, recém-chegados da Itália, e o plantio das primeiras videiras.

JM assumiu o lugar de seus pais quando eles se aposentaram, em 1998. Inicialmente com 5 hectares, ampliaram as terras gradualmente, atingindo os 10 hectares de hoje em dia. Embora profundamente ligado à propriedade, ele lutou para continuar depois de perder sua mãe para o câncer, convencido de que a causa eram os produtos químicos usados ​​​​para tratar os vinhedos. Corinne o ajudou a se reerguer e juntos decidiram experimentar a viticultura biodinâmica no final dos anos 90 – uma revelação para o casal. Este caminho tornou-se sua filosofia de vida. Na época, Jean-Michel era o responsável técnico no célebre Château Pontet-Canet, um Grand Cru Classé de 1855. Com muita coragem e profissionalismo, convenceu os proprietários a seguirem o caminho da biodinâmica em seus nada menos que 80 hectares em Pauillac. Uma atitude arriscada e totalmente revolucionária, que causou na época desconfiança e grande impacto na região.  

 

O Château du Champ des Treilles tornou-se então o grande jardim de experimentações para Corinne e Jean-Michel. Em 2010, o Château Pontet-Canet recebe seu certificado biodinâmico, para um caminho iniciado 5 anos antes. Disruptivo, o casal lançou uma tendência à frente de seu tempo, desencadeando silenciosamente uma revolução com prestigiosos Châteaux (como Latour, Margaux, Palmer, Climens, para citar alguns). Passados 31 anos de trabalho no Château Pontet-Canet, Jean Michel, então com 56 anos, passa finalmente a dedicar-se em tempo integral ao domaine da família em 2020, ao lado de Corinne. É a partir desta safra também, que decidem abrir mão da apelação de Bordeaux, rotulando seus vinhos como Vin de France, libertando-se das amarras de regras que podem não fazer tanto sentido dentro da filosofia do casal Comme. 

 

Hoje trabalham com 7 castas em alta densidade (10.000 plantas / hectare), prática comum entre os Grand Crus, porém visando sempre o baixo rendimento. O objetivo do casal é vinificar cuvées que traduzem fielmente o terroir, intervindo apenas como um apoio às vinhas, conduzindo-as na melhor direção, “como os pais ajudam seus filhos” – nas palavras de Corinne e Jean-Michel. Todos os anos (até hoje) eles se desafiam com um novo estudo de caso ou projeto, experimentando vários aspectos da viticultura e vinificação – com foco na variedade Muscadelle, plantações de alta densidade, aplicações de aromaterapia, maturação em recipientes de diversos formatos e materiais etc. 

Ao exemplo do Champ des Treilles, temos o privilégio de vivenciar um rico e raríssimo intercâmbio entre o lado tradicional e aristocrático de Bordeaux e uma nova visão que evidencia a voz da natureza. Que continuem a servir de inspiração a outros produtores desta região tão histórica!

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